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Justiça aceita denúncia de racismo contra jogadoras do River Plate



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) aceitou denúncia do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) contra as quatro jogadoras de futebol do River Plate que foram detidas no fim do ano passado, após confusão em partida contra o Grêmio.

Juana Cangaro, Camila Ayelen Duarte, Candela Agustina Diaz, e Milagros Naiquen Diaz foram denunciadas sob acusação de racismo contra o gandula Kayque Rodrigues e a adversária Stephanie de Brito Cerqueira.

A denúncia da promotoria foi recebida pela juíza Manoela Assef da Silva, da 15ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, na segunda-feira (27). A defesa havia solicitado autorização para que as jogadoras voltassem à Argentina, mas o pedido foi negado na terça (28).

O episódio ocorreu em 20 de dezembro, em jogo válido pela Ladies Cup, no estádio do Canindé, em São Paulo. As referidas atletas foram presas em flagrante, e no dia seguinte a prisão foi convertida em preventiva. No dia 27, elas ganharam liberdade provisória, com a obrigatoriedade de permanecer no Brasil.

Juana, Camila, Candela e Milagros devem, portanto, ficar no país. A audiência de instrução será virtual e está agendada para o dia 7 de julho, às 13h30. A defesa das jogadoras foi procurada por ligações e mensagens na tarde desta quinta (30), mas não houve resposta até a publicação desde texto.

Segundo o Ministério Público, a possibilidade de acordo de não persecução penal foi negada em razão da gravidade dos fatos. A promotoria pediu que cada uma das atletas seja condenada a pagar 30 salários mínimos para o gandula e a jogadora do Grêmio por danos morais, além de 50 salários mínimo cada por danos morais coletivos.

A confusão que causou a prisão se deu no momento em que Maria, do Grêmio, empatou o jogo com o River, na marca dos 38 minutos do primeiro tempo. De acordo com a denúncia, Candela fez gestos com os braços imitando um macaco para Kayque, além de chamá-lo de macaco e cabelo duro.

Ainda segundo a promotoria, Milagres cuspiu no rosto do brasileiro, e Camila disse que ele era gandula e não passaria disso, porque é preto. A denúncia, por fim, sustenta que Juana chamou o brasileiro de gorila e que a gremista Stephanie, quando interveio em favor do compatriota, ouviu insultos racistas de Camila.

A partida foi encerrada prematuramente, com múltiplas expulsões e eliminação do River, em seguida suspenso da competição por dois anos. O Grêmio e o próprio time argentino publicaram notas repudiando os gestos discriminatórios.



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